Thursday, November 20, 2008

Macrobiótica relativa

Não sou de forma alguma um verdadeiro macrobiótico uma vez que fujo varias vezes das normas impostas pelas pessoas que vivem este estilo de vida, no entanto, devo admitir que tenho sentido uma grande diferença desde o dia em que optei por seleccionar aquilo que como.

Tenho um grande ódio por tudo aquilo que cria fanatismo, futebol, religião e na altura a macrobiótica, no entanto, não se pode odiar algo que se desconhece e é preciso entender o que está por trás disto tudo, foi aí que, como quem vai à missa, decidi tirar um curso de macrobiótica!

Este curso não só ensina a misturar vegetais e coisas com nomes estranhos como tofu, ensina que misturar vitaminas, enchermo-nos de proteínas animais, comer açúcar como formigas, não faz de forma alguma bem à saúde, tudo tem peso, conta e medida.
O que comecei a fazer foi simplesmente deixar de comer carne ao almoço durante os dias laborais, isto porque quem leva 8 horas do seu dia sentado numa cadeira a trabalhar não precisa de tanta energia, e a carne deixava-me sempre a sensação de cheio mas ao mesmo tempo de fome, porque alimento verdadeiro... Esqueçam a carne, pelo menos a que está cheia de hormonas dum pobre animal que foi electrocutado até a morte e alimentado de forma a rentabilizar ao máximo o espaço que ocupa neste mundo.

O ser humano precisa de consumir a energia que tenciona gastar, tudo o que estiver a mais é transformado em gordura, portanto, nada como almoçar um bom prato de cereais e muitos vegetais com, claro está, alguma carne, ave ou peixe.

Para concluir este meu primeiro "post", quero deixar claro que a ideia que tenho sobre o tema é que devemos ter em atenção que o ser humano tornou-se num verdadeiro oportunista e que os alimentos processados só tendem a criar dependência dando muito pouca atenção ao que será realmente benéfico para nós consumidores, portanto, é sensato parar e pensar... O que preciso mesmo para viver? Nesta caixa de Cornflakes, para que serve o açúcar? Será que irei conseguir queimar a quantidade absurda de glícidos que este prato me está a dar? Se o açúcar é tão importante, porque raios os novos "produtos dietéticos" já não trazem açúcar?! Este tem sido ultimamente o meu pensamento e penso que seja este o verdadeiro sentido da macrobiótica, aplicar certa lógica e analisar tudo aquilo que ingerimos.

3 comments:

Cláudia Henriques said...

Na minha opinião a Macrobiótica, como tudo na vida, não deve ser um conjunto de regras para seguir sem questionar. Quando fazemos isso estamos apenas a carregar um peso e não desfrutamos das vantagens que nos pode dar.

Reconheço que durante muitos anos foi isso que fiz com a macrobiótica: carregar com o peso do que podia ou não comer, do que tinha que comer, etc.

Felizmente, depois percebi que o objectivo não é limitar mas aumentar o leque de opções e acima de tudo tornar essas opções conscientes. Não é comer qualquer coisa porque precisamos comer, mas escolher o que se come, saber a razão da escolha e o efeito que tem no corpo e na mente.

Sim, porque não são só os "copitos" de vinho que têm efeito, tudo o que comemos, bebemos, respiramos e pensamos tem influência sobre nós.

Anonymous said...

Ah, sem dúvida, concordo contigo... No entanto (existe sempre um senão), no mundo em que vivemos, onde escolher é proibido, queiras ou não, para teres uma alimentação "Macrobiótica", não tens só de escolher como também certificar-te que aquilo que pensas ser saudável não é na verdade mais uma jogada dos que agora aproveitam a moda do "fitness"...

Hoje lembrei-me de ti quando ouvi uma notícia na rádio em que França fez um embargo de centenas de toneladas de soja por possuírem 50 vezes o valor máximo permitido de melamina... Eu tinha um prato vermelho de melamina e não o achei de forma alguma comestível.

Ou tens a tua terrinha onde plantas os teus tomatinhos, ou carregas comigo o peso que é tentar viver de forma saudável.

Acho tão engraçado o McDonalds colocar agora a percentagem de LIXO que supostamente podemos ingerir diariamente. Ah, tantos cancros e mortes súbitas, outrora quem enriquecia eram as petrolíferas, agora é o tempo das farmacêuticas! Segui a profissão errada.

Cláudia Henriques said...

LOL

Uma sugestão: desliga a TV. A sério, há 1 ano que não tenho TV e o mundo passou a ser um lugar muito melhor para viver.

Tens razão no que dizes, mas a verdade é que se deixares de olhar para o que a sociedade civilizada te "dá" todos os dias começas a ver alternativas, outras pessoas, outras iniciativas... e dás por ti a perguntar "onde estava esta gente toda?" ;)